Como poderia um dia ser como mil anos e mil como um?
Quando eu olho para tamanha intensidade de Deus na criação e o Seu esforço para que a criatura representasse nos mínimos detalhes a inspiração do Criador, figura a imagem do Autor desejando que os dias passem como anos.
Más tamanho esforço não seria capaz de atrair para o homem o desejo dessa relação tão pessoal e imaculada, assim errante quebra Adão a mais desejada forma de vida do Pai, que sem hesitar na sua redentora promessa, atrai para si a chegada dos mil anos que passaram como um dia.
O Filho então passa a viver entre os homens, e o sonho do plano original brotava novamente nas vidas daqueles que tocavam e eram tocados por aquele que figurava o Pai, assim os dias eram cultivados e registrados como fossem anos.
Más o dia era chegado, e o Getsêmani o lugar onde o Filho bradou dizendo, se possível meu Pai, afasta de mim esse cálice, no entanto os céus e toda a natureza nada puderam fazer, e o Cordeiro foi entregue e morto em um dia que o Pai sofreu como fossem mil anos.
Más ainda havia algo para se cumprir, o Filho ainda voltaria entre os homens e reafirmaria que os dias que eram enfadonhos como anos, tinham se tornados suaves como os anos que são como um dia, e lá do céu o Pai amou tudo isso e celebrou tais dias como mil anos.
Um dia como mil anos e anos como um dia, talvez essa realidade não fosse vivenciada apenas no mundo celestial, por certo que se assim fosse, o Pai não estaria tão preocupado em tornar os nossos doloridos dias que são como anos, na abundante vida que torna os anos como um dia.